A segurança da informação é uma palavra de ordem nos tempos atuais e todo gestor sabe disso. No entanto, entender a importância do assunto não torna mais fácil a tarefa de colocá-la em prática.
Muitos negócios ainda cometem erros na segurança e têm dificuldades para acompanhar as tendências desse mundo, enxergar o crescimento das ameaças e tomar medidas efetivas para combatê-las. Mas pode ficar tranquilo: a tarefa não é simples, mas também não é nada impossível.
Compreender os princípios, as ameaças e os pilares da segurança da informação já é um bom começo. Se você quer entender mais sobre o assunto e conhecer 6 práticas que vão tornar seus dados mais seguros, está no lugar certo. Acompanhe!
Os riscos aos quais os ativos de informação estão expostos
O armazenamento e a troca de dados em meio digital trouxeram grandes avanços para todo o mundo. Mas junto com os benefícios, vieram as preocupações. Como garantir que os dados estejam seguros?
Uma informação segura precisa contar com três características: integridade, confiabilidade e disponibilidade. Entenda a seguir os riscos envolvidos em cada um desses pontos.
Riscos contra a integridade
Uma informação é considerada íntegra quando ela se mantém fiel às suas características originais e entrega ao receptor exatamente a mensagem enviada pelo emissor. Se, por exemplo, uma mensagem de e-mail for interceptada e tiver seu conteúdo alterado, ela tem a integridade comprometida.
Outro exemplo de risco à integridade pode ser o caso de invasores substituírem todos os números 8 por 3 em uma lista de preços, o que causaria grande prejuízo financeiro. Em outras palavras, os riscos à integridade são todos aqueles que causam adulteração da informação e fazem com que ela perca seu valor.
Riscos contra a confidencialidade
A confidencialidade da informação diz respeito à garantia de que somente pessoas autorizadas acessem determinado conteúdo. Se hackers são capazes de invadir seu sistema e roubar um dado restrito, a confidencialidade está comprometida.
Até mesmo dentro da organização, existem riscos nessa categoria. Por exemplo, se um funcionário não autorizado tiver acesso à lista de salários dos demais colaboradores, a confidencialidade foi corrompida.
Riscos contra a disponibilidade
Por fim, a disponibilidade é a propriedade de uma informação poder ser acessada quando ela é necessária. Se um colaborador precisa acessar um relatório ou uma planilha e não consegue abrir o arquivo, a disponibilidade está comprometida.
Um exemplo de risco aqui são os ataques de DDoS (Distributed Denial of Service) ou simplesmente a negação de serviço. Nesse tipo de ataque sincronizado, os hackers tentam sobrecarregar um sistema para que ele se torne indisponível.
Os pilares da segurança da informação
Para se contrapor a todos esses riscos, a infraestrutura de TI precisa ser configurada e mantida de forma robusta. A segurança da informação deve se apoiar em três pilares:
- processos: diz respeito às regras e aos procedimentos para utilização dos recursos e informações;
- sistemas: são as ferramentas de segurança implementadas, tais como firewall, antivírus etc.
- pessoas: os usuários e as suas ações, que têm consequências diretas para a segurança da informação e, por isso, devem ser bem orientados.
Cada um dos pilares é igualmente importante e, se um deles falhar, toda a infraestrutura de TI estará comprometida.
As 6 boas práticas para adotar na sua empresa
Conheça agora 6 boas práticas para fortalecer todos esses pilares!
1. Governança corporativa e uma boa política de segurança da informação
Para começar, o entendimento sobre a importância da segurança da informação deve partir do nível mais alto da empresa.
CEO, diretores e gestores precisam entender a relevância do tema e criar uma governança corporativa que leve em conta os desafios e as necessidades da era digital. O ponto de partida é uma política de segurança da informação que inclua itens como:
- levantamento dos ativos de informação e a criticidade de cada um deles para o negócio;
- definição de processos, permissões e proibições a serem seguidos pelos usuários;
- responsabilidades de cada setor e gestor em relação à segurança dos dados;
- políticas de senhas;
- políticas de backup;
- planos para mitigação e contenção de riscos;
- controles de acesso.
Enfim, a política de segurança da informação deve ser abrangente e requer o envolvimento de todos os setores da empresa, bem como um profundo conhecimento das necessidades do negócio.
2. Treinamento constante dos usuários
Os usuários são o elo mais fraco da corrente e precisam ser devidamente treinados e monitorados. Após o entendimento pelo nível de diretoria e gestão, é hora de fazer a mensagem chegar a cada membro da equipe.
É essencial que cada usuário entenda os riscos e as consequências da falta de cuidado com a proteção dos dados. Por meio de treinamentos e alertas constantes, a cultura da segurança da informação pode ser implementada na empresa. Com isso, o pilar de pessoas estará forte e confiável.
3. Segurança de redes Wi-Fi
Agora falando de ações práticas referentes aos pilares de sistemas e processos, uma das grandes preocupações é o risco que as conexões Wi-Fi representam. O uso de redes desprotegidas deve ser evitado a qualquer custo, e a rede sem fio da sua empresa deve ser devidamente protegida com criptografia e protocolos de segurança. Além disso, os hardwares devem ser atualizados e configurados corretamente.
4. Proteção de dados na nuvem
O uso da nuvem é uma forma prática de reduzir investimentos e deve ser feito de forma segura. Para isso, a autenticação dos usuários é fundamental, bem como a seleção de um fornecedor que leve a segurança da informação a sério.
Existem, ainda, diversas soluções específicas para proteger os ambientes de cloud computing. Com uma avaliação detalhada, é possível encontrar um produto que se adapte à realidade de cada negócio.
5. Segurança de dispositivos móveis
Laptops e smartphones fazem parte do cotidiano das empresas e o cuidado com eles precisa ser redobrado. Ao deixar o perímetro da organização, eles ficam mais vulneráveis e podem se tornar uma porta de entrada para ameaças. Por isso, certifique-se de incluir medidas para proteção de dispositivos móveis na sua política de segurança da informação.
6. Testes e atualizações constantes
Por fim, a segurança da informação jamais deve ser vista como um trabalho finalizado. Diariamente surgem novos riscos e a proteção deve acompanhar as tendências do mercado e buscar a melhoria contínua.
Periodicamente, faça testes para avaliar a eficiência da sua proteção de dados e realize novos investimentos nos itens que demonstrarem falhas. Quanto maior a maturidade da segurança da informação, mais vantagem competitiva ela trará para o negócio.
A segurança da informação como vantagem competitiva
A TI e a segurança da informação costumam ser vistas como despesas para o negócio, mas essa visão precisa mudar. Quem investe em segurança está investindo no negócio e tem altas chances de ver seu negócio prosperar.
Uma empresa que garante a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade de seus dados e sistemas automaticamente ganha a confiança de clientes, fornecedores e demais parceiros. Por outro lado, um incidente de segurança de informação tem um potencial devastador e pode abalar permanentemente a imagem do negócio.
Imagine se sua empresa vazar informações dos clientes, se seu site ficar indisponível ou, ainda, se seus funcionários precisarem parar as vendas porque um sistema não funciona. Qualquer falha mínima nos sistemas tecnológicos gera um efeito cascata no rendimento da empresa.
Por isso, nos dias de hoje, a segurança da informação precisa ser vista como uma das bases do negócio e um item essencial para o sucesso e a sobrevivência dele. Se ninguém mais consegue viver sem a tecnologia, também não é mais possível viver sem a proteção dos dados.